Autismo Nível 3: Desafios, Acolhimento e Direitos Sociais

Você já ouviu falar que o autismo é um espectro? Isso significa que ele se manifesta de formas muito diferentes em cada pessoa.   Enquanto alguns autistas conseguem levar uma vida com bastante autonomia, outros precisam de um apoio muito mais intenso para realizar tarefas do dia a dia.  

Hoje, eu gostaria de conversar com você sobre uma realidade que toca muitas famílias: o Transtorno do Espectro Autista (TEA) Nível 3 de suporte, também conhecido como autismo de “apoio muito substancial”.   Vamos entender juntos o que isso significa e quais direitos garantem dignidade a essas pessoas?

O que Significa TEA nível 3 de Suporte?

Quando os médicos avaliam o autismo, eles olham para o quanto de ajuda aquela pessoa precisa para viver bem.   No Nível 3, estamos falando de indivíduos que necessitam de auxílio constante.  

Geralmente, isso envolve desafios significativos na comunicação verbal e não verbal.   Muitas vezes, a pessoa pode não desenvolver a fala (ser não-verbal) ou ter uma comunicação muito restrita.   Além disso, a interação social pode ser bastante limitada, e há uma tendência maior a comportamentos repetitivos e uma grande dificuldade em lidar com mudanças na rotina.  

Para quem convive, é importante saber identificar e compreender certos comportamentos não como “teimosia”, mas como características do neurodesenvolvimento:

A pessoa pode não responder quando chamada pelo nome ou não usar gestos comuns, como apontar.  

Movimentos como balançar o corpo ou as mãos (chamados de estereotipias) são comuns e, muitas vezes, servem para regular as emoções.  

Mudar um caminho ou uma atividade pode gerar grande sofrimento ou crises de desregulação emocional.  

Pode haver muito incômodo com barulhos, texturas de roupas ou seletividade alimentar severa.  

Cuidar de uma criança ou adulto com autismo nível 3 exige uma dedicação muito grande.   Muitas vezes, a família precisa fazer ajustes substanciais em atividades básicas, como higiene pessoal, alimentação e vestuário.   É uma jornada de muito amor, mas que também pode ser exaustiva.   Por isso, a rede de apoio — médicos, terapeutas, escola e familiares — é fundamental.  

 Medicamentos e Terapias: Aliados Importantes

Embora o autismo não seja uma doença e não tenha “cura”, o acompanhamento médico é essencial.   Neurologistas e psiquiatras podem indicar tratamentos para ajudar a controlar a agitação, melhorar o sono e reduzir a agressividade, quando ela existe.   Além disso, terapias com fonoaudiólogos e psicólogos ajudam a desenvolver habilidades e melhorar a qualidade de vida.  

Você Sabia? O Autismo Garante Direitos

Este é um ponto muito importante! No Brasil, a lei considera o autismo como uma deficiência para todos os efeitos legais.   Isso abre portas para proteções sociais fundamentais.  

Uma das principais é o BPC (Benefício de Prestação Continuada), previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS).   Ele garante um salário-mínimo mensal para pessoas com deficiência que comprovem não ter meios de prover o próprio sustento ou de tê-lo provido por sua família.  

Para ter acesso a esse direito, é necessário passar por uma avaliação (perícia) médica e social, que vai confirmar o diagnóstico e analisar a situação socioeconômica da família.   É um recurso vital para garantir que a pessoa com autismo tenha acesso a alimentação, medicamentos e cuidados dignos.  

Não caminhe sozinho!

Se você se identificou com esse texto ou conhece alguém que vive essa realidade, saiba que há caminhos.   O diagnóstico correto e o acesso aos direitos sociais podem transformar a vida da pessoa com autismo e de sua família.  

Busque informações, converse com especialistas e não tenha receio de lutar pelo suporte necessário.   Com acolhimento e informação, é possível construir um futuro com mais inclusão e menos barreiras.  

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